domingo, 21 de novembro de 2010

Separa são

Para reviver o nunca vivido
E encontrar o que não é procurado
Neste mundo, somos um separado
Juntamo-nos os dois num sonho perdido

Contra a distância e os mundos
Contra os sonhos e aspirações
Nutrimo-nos com as nossas paixões
Vencemos os desafios profundos

Sente o amor que passou.
Sente o tempo que ainda se presta
Uma vida foi em outra vida que resta,
Ao encontro do que pra trás ficou

Nesta luta pela junta missão
Conquistamos o que separa(ção)

Yuri Patrick – 12/09/2010

Plantação de café branco

Essa chicotada não dói
Minha algema agora é transparente
Mas continuo vivendo na senzala
Onde o sinhozinho domina a minha fala

Na casa grande vivem os poderosos
Que nos mandam plantar colher e passar nosso sustento
O pó que era preto agora já é branco
Mas o morro que circula continua sendo o mesmo

Peço autorização ao capataz para entrar e sair do morro
Hoje sou mais livre, minha algema é transparente, obedeço a lei a risca
Pois o chicote de hoje não dói mais, ele fura como bala e mata

E o que eu faço pra mudar? Nada.
Pra mim é a mesma velha e boa senzala.
A história se repete à época do engenho

Yuri Patrick – 30/05/2010

Amor e Paixão

Veja que papo sem pé nem cabeça
Olha direito que situação
Quando eu digo sim quero dizer não
Se eu digo um pouco estou querendo a beça.

Como é difícil viver em paixão
É um jogo eterno que nunca termina
O Instinto manda e se torna uma sina
Fico rendido pelo coração

Como mais eu definiria o amor?
Como pele molhada, seca aos ventos
Com olhos fixos em breves momentos

Com um beijo marcado a um sol se pôr
Um medo gostoso, estranho momento
Um velho, um novo e um bom sentimento

Yuri Patrick – 26/08/2009

O Pedido

Com este rosto meigo de menina
Você me conquista a cada instante,
Mas por vezes me deixa delirante
Quando expõe idéias, que me fascina

Mostra-se sempre bela e generosa.
Vaidosa como manda o figurino,
Faz-me sentir como um simples menino
Que deseja a princesa a mais formosa.

Deixa-me ser pra sempre seu amante
E com você, partilhar meu coração
Enchendo-nos de amor e de paixão

Com a chama que ascende ardentemente
Vamos tornar um sonho incandescente
E viver para sempre em união.

Yuri Patrick – 29/08/2009

Ciclo da Vida

Pulsa no meu pulso
Jorra o sangue espesso no pulso

Prata pelo prato
Compra, troca e vende um prato

Laça e faz um laço
Casa, mora e monta um laço

Luta no meu luto
Veste o terno preto, um luto

Nasce, come, casa e morre.

Yuri Patrick – 25/08/2009

Soneto Proibido

Tu és das felinas, a mais sagaz tigresa,
Que mostra a todos um sublime encanto.
Provoca nas palavras, os sons de um canto,
Ornada em veste de ingênua beleza.

Cativou-me com um falar desenvolto,
Proferindo em seus lábios deletérios,
Venturas dos teus melhores mistérios.
Causou em mim sentimento revolto

Ludibriou meu fraco pensamento
Aturdido na esperança de tê-la
Maculei meus valores para vê-la

Tua recusa para cada intento
Extirpou de mim com ferocidade
Paixão que brotou em mim de verdade

Yuri Patrick – 23/08/2009

Juliano e Fernanda

Acompanhamos o nascimento dessa paixão,
Que com o tempo tornou-se um grande amor.
O tempo e o mundo contemplavam a favor ,
Para que dos encontros surgisse uma nova união.

Deste amor recente surgiu o noivo do ano.
Um homem de olhos azuis, que adora mergulhar,
É sorridente, e está sempre disposto a viajar.
Vive jogando play station, o nome dele é Juliano

A garota adora falar com intensidade,
Nunca dispensa uma boa bocada,
Nos tempos livres dá sempre uma pinçada,
Esta é a Fernanda cheia de vaidade.

Hoje é um dia de paz, amor e união.
Desejamos a vocês uma vida de harmonia
Que o amor que os uniu se multiplique a cada dia.
Que a alegria desta festa permaneça no coração

Yuri Patrick e Graziela – 20/10/2006

Eu mais profundo

Maldita dor que está em meu peito
Consumindo minha vida angustiada
Onde, sem vida o fim da estrada
Quem me dera estar em meu leito

Estes sonhos que jamais tem chegado
Fazem da estrada um breu intenso
Sem enxergar o caminho repenso
Se minha vida já tem um legado

Sigo assim o que é predestinado
Sem histórias para deixar ou contar
Sem aventuras para ter ou lembrar

Amiga angústia tire de mim
Esta dor que me consome sem fim
De um ser retratado como inanimado.

Yuri Patrick – 30/07/06

Epitáfio Stratotti da Fonseca

Aqui jaz uma vida amada
Que aos nove anos e cinco meses
Deixou para trás tantas vezes
A alegria e a tristeza vivenciada

Era moroso e tranqüilo como o pai
Da mãe, era sábio, carinhoso e bonito
Mas como no amor tudo é finito
A doença maltrata e o corpo cai

Não houve presença, não houve ausência
Levou sua vida tranqüila e morosa
Teve com tempo lembrança amorosa

Mas sofreu com brigas sem paciência
Aqui jaz um amor com decência
Aqui jaz uma paixão rancorosa

Yuri Patrick – 03/06/06

Meu pai, meu herói

Desde a infância idolatro o Fonseca,
Que é para mim, o melhor dos amigos,
Nas minhas jornadas esteve sempre comigo
Foi companheiro da vida da minha casa.

É para mim o herói da minha vida
Que carrega consigo um grande dom
É médico, é mágico, é maçon,
É a luz que ilumina a minha trilha

Fonte inesgotável de conhecimento
Que até quando erra possui a certeza
Que da falha há o ensinamento
E do ensinamento irradia a nobreza

Homem honesto, no qual me espelho
É Fonseca, que tenho como prêmio,
Por isso, Idolatro-o desde pequeno.

Yuri Patrick – 05/05/06

Tua chegada

Linda mulher parada a frente
sentada em teu canto pensativa.
Com um olhar castanho que cativa.
E uma beleza não sai da minha mente.

Longos cabelos castanhos ‘pintados’,
lábios finos com pouco batom.
Seduz com palavras que formam um som,
Incita-me a escutar teu palavreado.

Emana em teu cheiro suor com amor,
Despoja em teu rosto um sorriso sedutor.
Que me faz desejar teus abraços.

Não posso sair sem que antes te veja.
Nem que percebas que onde quer que estejas,
Desejo apenas em estar nos teus braços.

Yuri Patrick – 05/05/05-01/06/05

Saudade

Esta pessoa insana e sarcástica
Quando aparece o sentido embaraça
Delibera com a nossa desgraça
Nos causando a única dor que fica

Aperta o coração dentro do peito
Depois que pisa, destrói e acha graça
Afogamos a magoa na cachaça
Restando de nós um choro no leito.

Aparece quando não estamos juntos
Atacando no momento mais frágil
Quando nos separamos ela é ágil

Porém quando ficamos nós mais juntos
Covarde, saudade, desaparece
Esperando que num dia regresse.

Yuri Patrick – 03/04/05

Vidas distintas

Que momentos nós passamos juntos?
O que, na lembrança, ficou marcado?
Quando ficamos tão enamorados?
Quando tivemos pensamentos profundos?

O que o futuro nos destina?
Se no presente não estamos contentes
Se nas brigas ficamos descrentes
E a distância já nos é uma sina

Qual o amor, que estamos destinados?
Se a felicidade tem nos fugido das mãos
Se no meio de nós temos vários vãos

Se nos sentimos tão aprisionados
Que nos restam apenas as feridas
De um amor para tão diferentes vidas.

Yuri Patrick – 03/04/05

Amantes de Vidas Distantes

Em uma nova vida
Mundos bem distantes
Eram dois amantes

Eram duas vidas
Num mundo de amantes
Eram novos e distantes

Em um mundo onde há vida
Entre dois distantes
Encontraram-se os novos amantes

Yuri Patrick – 01/04/05

(Sem título)

Sinto muito o meu erro
Disse o que não se diz
Sinto muito, meu erro
Peno pelo mau que fiz

Yuri Patrick – 01/04/05

Izto

Choro pelo mal que foi feito
E sinto a dor de uma cicatriz
Aberta com as palavras que se diz
A respeito dos seus defeitos

Que culpa eu tenho, estou no meu direito
De não ser comparado a alguma meretriz
No diz que não diz, foi por um triz
A palavra acerta o peito, de jeito

Sou um infeliz, desculpa o que te fiz
Penso em meu pecado deitado no meu leito
Nego o que foi feito, sei que não aceito

Afirmo o já dito, feito o conceito.
O que fiz? Conceito de aprendiz?
Conceito sem direito, sem defesa, sem juiz.
(Conceito sem direito, sem a defesa que se quiz)

Yuri Patrick – sem data (Provável 28/02/05)

Insisto o Vazio

Que aflição, que angústia
Rebusco a dor, mas nada tenho
Não agüento, estou curado
Curado da dor que se foi

Ah! Se voltasses minha dor
Voltaria a ser poeta
Meus versos teriam rimas
Quem sabe até, métrica

Em vez disso, fica o lamento
O que não posso ter mais
Por que me abandonas?

Volte depressa, não se vá
Quero o meus louros de bom escritor
Volte e não me deixe jamais

*Acho que não tem mais jeito

Yuri Patrick – 26/10/04

Sinto o Vazio

Como escrever o que sinto
Se nada que sinto me dói
Minha vida agora é repleta
Meus pensamentos, não mais destrói.

Não sinto angústia nem tampouco medo
Meu passado se foi
Não sei mais o que escrevo
Minha inspiração que era dor, não dói.

Paro,
Penso... penso... penso... e nada escrevo
Nada vem ao meu pensamento
Se não posso escrever então.... Paro.

*Na tentativa de voltar a escrever

Yuri Patrick – 26/10/04

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Solidão

Sinto uma forte ausência de amor
Que traz uma vazia solidão
Já não tenho mais a paixão
Que se caracterizava pela dor

Ela se foi para longe de mim
Sinto pelos dedos a vida passar
Sinto a falta do que pensar
Sinto a angústia fincar sem fim

Ah! Se ao menos tivesse ao meu lado
Se ao menos pudesse escutar meu brado
Sei que voltaria pra perto de mim

Ah! Que vazio e angústia incerta
Que sentimento de dor se enxerta
E dilacera meu peito assim...

Yuri Patrick – 15/11/04

Parabéns

A nossa distância me deixa arrasado
E faz o meu mundo ficar perdido
Mas quando de perto a vejo ao meu lado
Minha vida retorna ao verdadeiro sentido

Seus olhos tão belos me fazem pensar
Em beijos, abraços, amor e carinho
O destino, estranho, me faz delirar
No momento em que lhe pôs no meu caminho

Felicidade eu te desejo
Do fundo do meu coração
Sinto neste dia lindo, emoção

Parabéns neste dia que vejo
A mulher que existe em você, meu amor
A cada sonho e a cada desejo fazem você a mais linda flor

Yuri Patrick – 25/11/98

Paixão e Saudade

És pura e doce, com os olhos de mel
Que me faz sonhar em te beijar
Viajo contigo por este céu
Sinto a brisa deste seu mar

Em seus longos cabelos me perco em desejo
Seu cheiro gostoso me faz delirar
Meus olhos em seus olhos, perdido me vejo
Me vejo em teu corpo louco a te amar

É assim minha vida, meu fogo, minha alma
Sei que as labaredas não vão se apagar
Me atiro em seus braços para que minha calma
Me deixe nervoso, louco a te amar

Yuri Patrick – 28/03/98

Desejo

“Seja aqui o que tu sonhares
Põe aqui a tua razão
Pois quando eu te beijo
Eu desejo o teu desejo
E minh’alma ardendo em fogo e paixão
Irás para dentro de mim o teu coração”

Yuri Patrick – 13/07/97

domingo, 12 de setembro de 2010

Tom sarcástico

Não pense somente em meu lado romântico
Quem és tu para falar algo de mim?
Se não viste o meu lado in-side-co
Que estúpida figura escarneia sem fim

Este é meu lado, in-side, cântico
Que em mesmo tom bom e sádico
Vibra de dentro pra fora romântico
E cai em meu mundo pelo lado enfático

Envaideceu meu ser e enobrece minh’alma
Encolera-se de ti na embriaguez
Envaidece meu ver e enobrece minha calma
Revivendo a cólera de minha estupidez

Yuri Patrick – Setembro/97

És Amor

Ganho das brigas muita experiência
Recusando-me a errar novamente
Aguardando para que em tua existência
Zeles pelo meu amor veemente

Intimidado por tua beldade
Efetuado-me a ter-te por um triz
Lembrando de certa dificuldade
Aberta e cruel de uma cicatriz

Este pequeno tempo de vivência
Se faz grande como uma eternidade
Após meses de grande convivência

Meu amor ainda é uma raridade
Observando-te com insistência
Reconhecendo a tua vaidade

Yuri Patrick – 14/04/97

Graziela

Olha a ‘Gracinha’ que passa na sua
Com seu lindo corpinho a rebolar
Vejo o seu corpo no brilhar da lua
Param pessoas para observar

Paro e olho este seu sublime encanto
De pele morena e olhos escuros
Seu rebolado que me causa espanto
Logo me traz pensamentos impuros

Andar que provoca e deixa excitado
Que me faz parar, olhar e seguir
E em um deslumbrante abraço apertado

Faz os corpos flutuar sem sentir
Paixão que alimenta um beijo marcado
Faz-me pensar em pensar te despir

Yuri Patrick – 14/12/96

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A gripe

Sai das narinas um sopro divino
E fica o pigarro a bloquear
Deixa sem fôlego o pobre menino
Com dificuldade de respirar

Escorre a sorte, desentupimento
Pobre criança sempre a espirrrar
Não há calma neste grande aposento
Somente há vírus que fica a rondar

- Toma o remédio, mas que teimosia
Quem é paciente tem que se cuidar-
Fala o papai, a mamãe e a titia

- Toma um chazinho pra não piorar!
Alho, limão, aspirina e magia
E pra melhorar basta repousar.

Yuri Patrick – 25/10/96

Essa mara

Essa maravilha, mulher, menina
É Samara, por ser mulher, me nina
Essa maratona em mulher e amor
É Samara a tona em mulher e flor

Vivo um poeta da própria paixão
Um escritor de prosa em rima e canção
Que ao representar a sua própria dor
Não põe ao verso o seu grande valor

Engana-te, ó estúpido leitor
Se pela Samara tu hás de achar
Que eu hei de manifestar meu amor

Meu amor, meu calor e minha alegria
Não é Samara, a maravilha,
Pois não posso estampa-la em poesia.

Yuri Patrick – 27/07/96

Fotografia

Simples momentos vividos em figura
Lembra-me o tempo por mim passado
Pele morena e de fina textura
Fato rompido em tom amargurado

Tu és senhora de minh’alma vil
Quando te olho, meu coração se agita
Porém se aquebranta em pedaços mil
Só rejuvenesço quando palpita

Porém teu silêncio que dói em minh’alma
Ressuscita em mim grande sofrimento
E o sofrimento alimenta tua calma

Olhos molhados da chuva e do vento
Enxugo o molhado em límpida palma
Por causa de um estampado momento

Yuri Patrick – 23/07/96

Feitiços de um pesar

Sinto a suave brisa que traz o teu odor
Doce silvestre em minh’alma a paixão
Corre atrás deste rosto sedutor
Envolto de amor e eu na solidão

Não me deixes cá neste frio intenso
Gélida gruta quente sem calor
Vem me envolver com teu corpo caliente
De pecado fajuto e sem pudor

Vivo em teu mundo que é somente meu
Pois não pertences nem irás entrar
Porque no seu universo não sou teu

Não tens vontade louca de me amar
A paixão proibida me deteu
São nove longos anos de pesar

Yuri Patrick – 09/07/96