Essa chicotada não dói
Minha algema agora é transparente
Mas continuo vivendo na senzala
Onde o sinhozinho domina a minha fala
Na casa grande vivem os poderosos
Que nos mandam plantar colher e passar nosso sustento
O pó que era preto agora já é branco
Mas o morro que circula continua sendo o mesmo
Peço autorização ao capataz para entrar e sair do morro
Hoje sou mais livre, minha algema é transparente, obedeço a lei a risca
Pois o chicote de hoje não dói mais, ele fura como bala e mata
E o que eu faço pra mudar? Nada.
Pra mim é a mesma velha e boa senzala.
A história se repete à época do engenho
Yuri Patrick – 30/05/2010
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